quinta-feira, 22 de março de 2012

.feliz 10 anos.

.amanhã é uma terça-feira. como quando 2002 começou – o ano que a pequena nasceu.



.agora, são dez anos. e desde muito cedo, ela me pede para contar sobre seu primeiro dia. hoje vou registrar, e com platéia (espero que ela não me mate!!!), como foi. era 06 de março: bem cedinho, fui ao hospital. me lembro de escutar, da equipe médica, quando estava sendo levada para a sala de operação, que parecia que eu estava indo ao cinema, de tão calma. logo depois da anestesia, disseram o que ia acontecer. foi quando eu questionei “por que eu não tinha sentido nem a picada, nem a entrada do líquido, nada, já que todo mundo dizia que aquilo doía muito?”. “você está tão relaxada que não sentiu”, foi o que ouvi. (...) .quando ela nasceu, não demorou a chorar. era um choro tão sofrido, que dava vontade de morrer. mas foi só encostarem a cabecinha dela na minha, que tudo silenciou. mágico – porque não encontro outra palavra. indescritível, talvez seja melhor. está tudo fotografado (também na minha mente e no meu coração: inesquecível). quando penso se vou ter aquele momento flash-back, que parece que temos antes “de ir para o céu”, é a primeira imagem que me vem a cabeça... .bem, de lá pra cá, diariamente, esta menina me deixa muda ou em gargalhadas, com seus questionamentos e entendimentos. falar em rir, tenho muitas lembranças engraçadas daquele dia. como quando o pai se indignava porque não podia registrar a filha de “lívia JAGGER”, já que tinha visto no quarto em frente, uma plaquinha que anunciava que acabara de nascer uma “fulaninha LEE”. ele também tentou vesti-la com a “língua dos stones”, mas a tinta da serigrafia não deixou. ainda no hospital, um pouco depois da livinha, a fome chegou. e ainda bem, que logo chegou também, uma bandeja, com suco, bolo, frutas... era tanta comida, que fiquei muito feliz depois de devorá-la. em seguida, chegou um prato cheio de sopa. tive que agradecer e dizer que não precisava, afinal, já estava satisfeita. foi uma confusão, até ficar claro que, o que eu havia comido era o lanche do acompanhante (no caso, minha mãe, que ficou com a “comidinha de hospital”, sem reclamar). que a sopa que era do paciente. imagina o meu desespero: perceber que estava pós-operada. que não podia comer nada. que no máximo um algodãozinho molhado nos lábios... .filhota, feliz aniversário. que tudo aconteça, como você quer, nesse dia, que é muito especial. e que você seja, essencialmente, como já é. eu te amo. daqui pro sol, indo e voltando, infinitas e infinitas vezes.

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